Conclusões da reunião de pais da Escola nº 4

Decorreu ontem a reunião geral de pais da EB 1 nº 4 Infanta D. Maria. Agradecemos a todos oa pais, mães, e encarregados de educação a sua presença.

Foi apresentada pela APEEGIL a situação actual do edifício da escola, o Palácio Sinel de Cordes, e a sua ocupação pela Trienal de Arquitectura de Lisboa ao abrigo de um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa. Claramente, reconhecemos e compreendemos a indignação, e mesmo a estupefacção, manifestada pelos presentes. Um edifício com problemas estruturais graves e em perigo de derrocada para as nossas crianças, para a Trienal já "não precisa de obras profundas".

Comunicámos também a nova calendarização do projecto do Convento do Desagravo, em que, sendo cumpridos os prazos, daqui a cerca de dois anos todas as EB 1 do Agrupamento de Escola Gil Vicente terão uma casa condigna e moderna. Às muitas dúvidas apresentadas pelos presentes, que duvidaram da concretização desta nova promessa, pudemos apenas dizer que temos um compromisso da Câmara Municipal de Lisboa, com uma calendarização concreta, com vários prazos que iremos verificar a par e passo. Temos ainda uma proposta da CML para ir conhecer o projecto no local, o que consideramos ser muito útil e ainda que deverá acontecer a muito breve trecho.

Congratulamo-nos com o civismo demonstrado pelos presentes, que compreenderam na sua maioria que a Trienal de Arquitectura não é um inimigo, é apenas uma entidade estranha à zona que irá ocupar a nossa escola com actividades estranhas à zona envolvendo pessoas estranhas à zona. Na opinião da maioria dos presentes, não há necessidade de tomar acção contra a Trienal, uma vez que, pragmaticamente, nada há a ganhar em demonstrar a nossa justa indignação.

Onde há a ganhar é em manter uma vigilância interventiva permanente sobre o andamento do projecto e das obras do Convento do Desagravo. Isso iremos fazer, com a ajuda de todos.

Finalmente, lamentamos que a Trienal de Arquitectura não tenha dado qualquer resposta ao nosso convite para vir ver as instalações actuais da EB nº 4 Infanta D. Maria. Esse desinteresse por estas crianças, que não são teóricas mas de carne e osso e frequentam uma escola que não só não encerrou como ao fim de sete anos ainda sobrevive em condições adversas, mostra que o propalado objectivo de revitalizar culturalmente esta zona da cidade é um engano: as actividades da Trienal em nada envolvem esta zona, as suas gentes e as suas vidas. A Trienal será um corpo estranho visitado por estranhos, que poderão apreciar uma zona "very typical", quais Byron que apreciou a paisagem de Sintra mas desprezou as suas gentes.

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