Oferta de haxixe junto das escolas duplicou em cinco anos

Grande reportagem no Público de hoje, por A.S.:

Nos recreios, nas casas de banho, nas imediações da escola. O PÚBLICO falou com jovens que vendem drogas aos colegas: "Consomes, começas a vender, alimentas uma rede de amigos." E divulga dados preliminares de um inquérito do IDT

Em relação à Gil Vicente, o Director do Agrupamento Dr. João Cortes fez declarações para a reportagem:

Por que razão tantos professores pediram o anonimato para falar nesta reportagem? Porque este ainda é um "tema tabu", admite João Cortes, director da Escola Gil Vicente, em Lisboa. Não consegue avaliar se os seus alunos consomem mais - pode apenas garantir que ninguém foi apanhado dentro da escola a fazê-lo. Mas também sabe que "se não é fácil para as autoridades detectar, quanto mais para a escola". Falar do assunto e debatê-lo mais, acredita, só ajudaria a lidar com o problema. É o que diz também Margarida Matos, investigadora na área da saúde dos adolescentes. "Mas na nossa infernal máquina burocrática torna-se difícil abordar assuntos "sensíveis". As pessoas têm medo das consequências de falar, têm medo das toneladas de papéis que vão ter de preencher para "reportar" e do tempo que vão perder."

A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Gil Vicente, a APEEGIL, tem consciência de que o problema afecta a escola sede, e que há realmente indicações de haver tráfego no interior da escola. Já em Novembro do ano passado tivemos contactos e reuniões com responsáveis, levando a algum reforço do programa Escola Segura junto à Gil Vicente.

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