Bater não é opção

A revista Pais e Filhos publicou agora este artigo, que aqui reproduzimos por ser importante!

A Academia Americana de Pediatria adverte, a educação das crianças deve-se realizar pela positiva.
A Academia Americana de Pediatria adverte, há alguns anos que, a educação das crianças se deve realizar pela positiva (estimulando os comportamentos desejáveis) e não tanto pela negativa (punindo os comportamentos indesejáveis). No entanto, por vezes o castigo é inevitável. Mas há castigos e castigos e, numa hierarquia de utilização, a punição física (bater) deve vir em último lugar. Desta vez, um grupo de psicólogos daquela academia estudou este tema e chegou às seguintes conclusões, que devem servir de base para evitar bater nas crianças:
Bater pode parecer funcionar no momento, mas não é uma forma eficaz de modificar comportamentos a longo prazo.
A punição física pode ter efeito nas crianças mais novas, mas vai perdendo o seu impacto à medida que a criança cresce e deixa de ter qualquer sentido no adolescente. É por isso uma medida com destino traçado.

Bater raras vezes é uma atitude pensada, mas sim adoptada por impulso, o que contraria uma das regras de ouro da educação: a coerência.
Os pais podem ficar temporariamente satisfeitos mas, quase sempre mais tarde, lamentam a decisão tomada de bater nos seus filhos.
Em alguns meios sociais, a punição física tem tendência a ser gradualmente mais grave, levando a colocar em risco a integridade física ou mesmo a vida da criança. Bater provoca sentimentos de frustração e raiva, em vez de promover o sentido da responsabilidade.
As crianças que são frequentemente espancadas têm uma maior tendência para serem adultos com depressão e problemas de toxicodependência, nomeadamente do álcool. As crianças que são frequentemente vítimas de agressão por parte dos seus pais têm uma maior tendência a ser igualmente adultos que batem nos filhos, transmitindo o modelo de geração em geração. Talvez mais importante é a conclusão de que bater provoca na criança o sentimento de que a violência é uma forma aceitável de fazermos prevalecer o nosso ponto de vista, mesmo perante aqueles que supostamente mais amamos.

Original de Revista Pais e Filhos

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