Jovens sem dinheiro para estudar

Portugal tem uma das mais altas percentagens de jovens que queriam prosseguir os estudos, mas não têm possibilidade de os pagar (38 por cento), revela o inquérito "Educação para o Emprego: Pôr a Juventude Europeia a Trabalhar" da Comissão Europeia.


O valor das propinas pago pelos estudantes nas universidades públicas ultrapassa os mil euros por ano e o relatório indica outro fator que eleva as despesas: a deslocação da área de residência. "45 por cento dos jovens tem de sair da sua cidade para continuar a estudar".

Neste inquérito, um terço (31 por cento) dos jovens portugueses declarou não ter tempo para estudar porque tinha de trabalhar, o valor mais elevado entre os países analisados.

Além da situação económica, em geral, é também afirmado que "problemas com o sistema de educação-emprego não estão a ajudar", já que "apenas 47 por cento dos jovens acredita que os seus estudos pós-secundário melhoraram as perspetivas de emprego".

Os empregadores, por seu lado, dizem que não encontram as qualificações que precisam. Trinta por cento relatou não preencher vagas porque não encontrar um candidato com as competências adequadas.
"As coisas estão obviamente quebradas no percurso educação para o emprego em Portugal", concluem os relatores.

No documento, refere-se que Portugal "sofreu muito durante a recessão", com a taxa de emprego global a cair quase 8 pontos percentuais e o desemprego entre os jovens a subir para 37 por cento




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